Uma reflexão sobre gentileza pra nós, mulheres.
Texto escrito por Carolina Nucci
Se você é mulher, provavelmente já sentiu como, em qualquer lugar ou situação, a expectativa de que a gente seja sempre gentil (ou boazinha, como muitas vezes os conceitos são confundidos) nos acompanha – quase como se fosse uma regra não escrita. Mas aqui está a grande contradição: muitas vezes, somos as que menos recebem gentileza.
E não estou falando de abrir a porta do carro ou receber flores (nada contra, mas essa é uma outra categoria, rs). Nossa reflexão vai mais fundo.
É sobre ambientes que realmente pratiquem a gentileza em sua essência no sentido mais amplo e significativo da palavra:
Que sejam igualitários, onde nossas vozes sejam ouvidas com o mesmo peso;
Que rejeitem qualquer forma de machismo, explícito ou velado;
Que sejam livres de julgamentos, permitindo que a gente possa ser quem a gente é, sem precisar caber em moldes ou expectativas irreais;
Que, além de não tolerar abusos, sejam seguros o suficiente pra nos pronunciarmos.
Gentileza é sobre equilibrar as necessidades de todas as pessoas e, a partir disso, criar espaços confortáveis pra todo mundo - mas, infelizmente, a gente não tá tão perto disso quanto gostaria.
Na minha carreira, eu vivi essa distância de forma bem concreta. Em uma matéria recente do G1, compartilhei uma história que carrego até hoje. No início da minha trajetória como jornalista de automobilismo, usei uma aliança falsa pra ser levada a sério e escapar do rótulo de “maria capacete”.
Essa foi a minha experiência, mas sei que está longe de ser só minha. Mulheres ao redor do mundo criam estratégias parecidas pra sobreviver em ambientes onde julgamentos e falta de gentileza são regra. Na mesma matéria, tive a companhia de mulheres que admiro muito (Ana Fontes, Mariam Topeshashvili e Dhafyni Mendes) contando suas histórias também.
Essas histórias não são só sobre o passado. Elas são indícios do quanto ainda precisamos avançar pra que a gentileza não seja só discurso, mas uma prática real.
Um convite pra criar espaços onde possamos ser quem somos – sem disfarces, sem escudos, sem barreiras. Onde sermos respeitadas e ouvidas seja regra, não exceção.
Esse precisa ser um lembrete diário - de todo mundo. Bora juntos? =)
1% mais gentil
O que a gente leu, ouviu e assistiu - e você pode gostar também.
Esse post sobre como não pirar em dezembro. [The Summer Hunter]
Dezembro costuma ser um misto de “oba! com “socorro!!!". Além das gavetas pra arrumar, a gente também acumula um monte de compromisso, metas e ansiedade pra dar conta de tudo com sorriso no rosto. Essa publicação é uma reflexão muito boa sobre isso - e o papo continua depois no Podcast Desenrola.Uma abordagem contraintuitiva para o sucesso empresarial? A gentileza. [Fast Company]
Pode ser contraintuitivo associar gentileza ao sucesso dos negócios, mas ela funciona - e não é só a gente que diz isso. Nesse artigo, a gente vê 3 bons motivos pra confiar na gentileza não só como uma característica pessoal que todo mundo deveria ter, mas como uma estratégia que eleva os negócios.As 20 principais ferramentas de IA de produtividade pra 2025. [Prismic]
As Inteligências Artificiais já são parte da nossa realidade, e se bem utilizadas, nos ajudam e MUITO a otimizar nosso trabalho. As ferramentas disponibilizadas nesse artigo vão desde criação de conteúdo e transcrição até geração de códigos para pessoas desenvolvedoras. Muito legal mapear!Essa escola, editora e comunidade criativa chamada Seiva. [Seiva]
Pra quem gosta de arte, isso aqui é um prato cheio! A Seiva disponibiliza cursos (pagos e gratuitos) e livros que instigam a gente a se conhecer melhor pra dar o próximo passo em relação aos nossos objetivos artísticos e projetos criativos. Tem muita coisa pra escrita e criação de conteúdo :)
Marketing de Gentileza por aí
Gentileza e centralidade em clientes: tudo a ver!
Essa semana estivemos na Ima Têxtil conversando sobre a conexão entre gentileza e centralidade em clientes. O mais legal é que falamos com uma diversidade incrível de pessoas, que trabalham nos mais variados setores da empresa! Foi muito especial ver todo mundo junto numa troca tão relevante.
Principais insights sobre a nossa conversa:
A gentileza nos leva ao sucesso porque nos faz olhar para as pessoas;
Não há performance e sucesso que se sustentem no longo prazo sem conexão e geração de valor para as pessoas;
Colocar clientes no centro por meio de uma cultura gentil depende das nossas intenções e escolhas diárias;
A gentileza não é o único caminho pra liderar, mas é um caminho autêntico que dá gosto de percorrer.
Obrigada pela troca, pessoal! =)
gentinews
O novo “CEO-psicólogo” está trazendo um olhar mais humanizado para a Pague Menos.
Falar sobre humanização e gentileza parece simples, mas (infelizmente) os exemplos de empresas que realmente caminham nessa direção não são tão evidentes. Em contrapartida, quando Jonas chegou na Pague Menos, ele optou por conversar com as pessoas antes de olhar para os números - e isso tem feito toda diferença nos resultados da empresa.
“Quando eu chego nas empresas eu vejo a mesma coisa: pessoas acuadas, sem segurança psicológica e reclamando no café. O que mais tem é pessoas trocando uma vida por salário – e a primeira coisa que toda empresa tem que fazer é corrigir isso, criando um ambiente em que as pessoas se sintam seguras e sejam elas mesmas.” - trecho que ele citou na conversa com o Brazil Journal.
Essa é a mentalidade que a gente acredita ser capaz de diferenciar os negócios e elevar o sucesso a longo prazo - e como é bom ver líderes indo nessa direção também.
Pra quem precisa de uma dose de inspiração pra humanizar a forma como trabalha a gente recomenda fortemente que continue a leitura aqui. Esse texto tangibiliza e muito a forma como a humanização e a gentileza podem sair do plano das ideias pra realmente acontecer nas organizações.
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